3 de agosto de 2018
Queridas Futuras Gerações
2 de agosto de 2018
Você viu essa garota?
Você
Por favor, me dê uns minutos do seu tempo pois talvez você possa me ajudar.
Eu estou procurando uma garota. Talvez você a tenha visto. Mas provavelmente não lembrará logo de cara, é que ela aparentemente não tem nada de marcante, se é que você me entende. Ela não é alta nem tem os olhos penetrantes da Angelina Jolie. Mas pensando bem, talvez o cabelo dela chamaria sua atenção. Isso é, se ela cuidasse um pouco mais dele. Não que ela não se importe com o próprio cabelo, mas é que dá muito trabalho pra ficar sedoso e brilhante igual o da Gisele Bündchen, considerando que disposição nunca foi o ponto forte dela. Sabe?
A questão é que eu não a encontro em lugar nenhum. Ela não tá na academia, não tá nas festinhas de fim de semana, nem na companhia das outras garotas. E eu não sei mais onde procurar. Mas também descobri que ela geralmente evita roupas coloridas e não costuma sair. E bom, já faz alguns anos que venho juntando informações sobre ela. Ela é aquela que quase ninguém sente falta se não for pra escola, aquela que as pessoas vivem esquecendo o nome, aquela que de vez em quando está do lado da pessoa que você conhece, mas você nunca a olha diretamente nos olhos. Aquela que no primeiro dia de aula quando todos sairam para o intervalo, ela continuou na cadeira.
Ah e aqueles fones de ouvido, são quase sua marca registrada. Só não me pergunte o que ela escuta. Eu nunca consegui encontrá-la para descobrir.
Então se você a conhece, por favor diga que estou procurando por ela.
6 de junho de 2018
Poucas palavras sobre o agora
Dois investidores da Apple recentemente enviaram uma carta pública à empresa, no qual eles pediam para que a fabricante do smartphone mais popular da atualidade fizesse algo para literalmente desencorajar seus usuários a permanecer longos períodos de tempo conectados. A ironia deste fato seria engraçada se não fosse trágica. O vício das pessoas em ficar horas olhando para uma tela brilhande de 7 polegadas se tornou um problema de saúde pública tão alarmante que a própria Apple se predispôs a trazer em suas próximas atualizações algumas ferramentas que visam limitar o tempo de uso dos iphones e ipads, como avisar o usuário se ele excedeu o tempo limite predeterminado, ou desativar as notificações durante o período de sono. Ferramentas como essas não são muito diferentes de avisos sobre câncer no verso das carteiras de cigarro. Houve uma época em que fumar estava associado ao poder e a parecer descolado, levou-se décadas até conseguirmos desmistificar aquela imagem positiva sobre o tabaco. Mas antes disso acontecer todos queriam ser aquele cowboy destemido com um cigarro na boca impresso nas primeiras carteiras de cigarro, tanto quanto hoje todos querem ser aquele que tem o último iphone lançado.
15 de julho de 2016
Conheça Suas Raízes
O maior engano que a maioria de nós tem, é a ilusão de que controlamos a nossa vida.
Eu sempre fui aquele cara cheio de sonhos impossíveis, que escolheu nunca deixar de ouvir a criança interior. Aquele que não conta os objetivos na roda de amigos para evitar risadas desnecessárias. Meus sonhos eram tudo para mim. Era tudo o que eu tinha e no que eu me agarrava. O meu futuro era minha maior satisfação pessoal. E escrever era parte fundamental desse futuro perfeitamente idealizado.
Mas eu, assim como a grande maioria, esqueci, ou mesmo nunca aceitei que eu não controlava o meu futuro. O destino, para mim sempre foi e ainda é apenas um mito. Afinal, do meu ponto de vista, a ideia de que todos nós vivemos sobre uma espécie de eventos pré-destinados vai totalmente contra a ideologia do livre arbítrio. Ou seja, a minha vida, nada mais é do que aquilo que eu escolho me tornar. Essa é a ideia que eu sempre comprei. (E vendi).
Mas essa não é a questão.
Há alguns meses, após uma crise de hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue). Eu acabei desenvolvendo crises de ansiedade e ataque de pânico. Coisas que eu nunca levaria a sério se não tivesse sentido na pele. E com essa crise eu perdi completamente a vontade de escrever. De ler, de ver TV, de qualquer coisa que fosse além de respirar. E como em um estalar de dedos, eu perdi a motivação de viver. E com ela todos os sonhos ou mesmo a perspectiva de um futuro. Ou seja, a minha vida tinha perdido o sentido . E tudo o que eu tinha para me apegar naquele momento era Deus. E foi o que eu fiz.
Agora mais de 3 meses depois eu posso dizer que estou curado da TAG (transtorno de ansiedade generalizada) . Uma doença que segundo pesquisas, não tem cura. E o tratamento só começa a fazer efeito depois de 6 meses. (Não, eu não fui a tratamentos, nem tomei remédios.) Eu posso afirmar que se alguém me curou. Esse alguém foi Deus. Não porque eu pedi a Ele, mas porque eu deixei bem claro que eu confiava mais nEle, do que em remédios.
Mas a questão ainda não é essa.
A questão é. Eu fiquei meses sem ter um pingo de vontade de escrever, ou mesmo ler o que eu escrevia. Fiquei com medo de nunca ter o prazer em fazer isso de novo. Ou fazer sem a motivação de antes. Mas aos poucos, dia após dia, aquele pequeno desejo foi voltando. Aquela sede. E com ela a vontade de ter mais, de ser mais. E depois de muito tempo sem o prazer de escrever ou sonhar, hoje eu estou fazendo os dois novamente. Mesmo depois de ter sido destruído. Hoje, eu descobri que escrever e sonhar são a minha raiz. É parte de quem eu sou.
Então diga isso ao seu destino:
"EU NÃO SOU O QUE ME ACONTECEU. EU SOU QUEM EU ESCOLHO ME TORNAR."
Obrigado Deus por seu amor incrível e por nunca ter desistido de mim.
11 de janeiro de 2016
Escritor?
29 de novembro de 2015
A Insegurança Que Nos Limita
Eu li uma vez em algum lugar, que o modo como nós agimos é a consequência direta do tipo de pensamentos que escolhemos ter. Se somos fortes ou fracos, se sorrimos ou choramos diante de determinada situação. Tudo é apenas o resultado da forma como escolhemos encarar a adversidade. E antes que você erroneamente decida que isto parece ser um tanto óbvio, atente para o fato de que ninguém escolhe sentir medo, vergonha ou insegurança. Ou mesmo ser subjugado por qualquer sentimento que afete nossa capacidade de agir "normalmente", por assim dizer.
Mas se ninguém escolhe ser refém de tais opressores psicológicos, por que estes ainda nos oprimem, e consequentemente nos limitam?
Como todos sabemos, a mente humana é incrível. (E na minha humilde opinião, incrível demais para não ter sido criada por alguma coisa maior) Mas ironicamente, a rotina, as distrações e os hábitos diários das pessoas as fazem esquecer, literalmente esquecer, que elas controlam o modo como vêem o mundo. Para tornar mais claro, você escolhe, no meu ponto de vista, o que é relevante ou não para você. Como exemplo vamos criar uma situação hipotética: Em um dia quente num trânsito congestionado, dois motoristas se xingam. O primeiro usa palavras certeiras como flechas psicológicas destruidoras. Logo, o segundo motorista tem duas opções; ou ele se sente pessoalmente e inevitavelmente ofendido, ou ele simplesmente entende que o primeiro motorista está sob total estresse, e que talvez ele jamais diria aquilo em outra situação. O que me leva a uma inevitável pergunta retórica: Qual das formas de pensamento vai levar o segundo motorista a agir da forma como ele realmente desejaria agir?
Existem tantas outras situações onde você sempre terá duas opções de pensamentos, duas opções de pontos de vista, cada um com uma consequência diferente, geralmente totalmente opostas.
São duas formas distintas de ver o mundo, que te levarão a duas formas distintas de lidar com ele.
Dependendo da situação, você é quem escolhe sentir medo, insegurança ou ficar paranóico, e consequentemente ser limitado por isso.
Mas não deixemos de encarar a realidade, é extremamente difícil não se deixar afetar por acontecimentos que boicotam nossa estabilidade emocional. Mas quando você estiver diante deles, comece a praticar o hábito de escolher aquela opção que deixe claro que você é maior do que tudo isso.
4 de novembro de 2015
Perdão
Eu escrevi esse pequeno texto há quase um ano atrás, sem a menor intenção de mostrá-lo a alguém. Mas como foi para esse propósito que criei esse blog, publicar, publicar e publicar. Uma maneira de levar adiante um conjunto de palavras, de idéias, de histórias. Que mesmo que não sejam relevantes, elas precisam ser escritas em algum lugar.
(A imagem não tem nenhuma ligação com o texto, mas... Montanhas são montanhas ^^)
Perdão
Uma das coisas mais belas em relação ao ser humano, é sem dúvida a capacidade de sentir, sentimentos bem específicos e distintos. E a forma como expressamos essas emoções é, no meu ponto de vista, a base das relações e interações humanas em sociedade. Em outras palavras, somos o fruto do que sentimos, e é impossível falar sobre sentimentos sem citar o mais popular, e talvez, o mais forte deles. O amor.
Porque afinal de contas ele nos induz a agir de forma que em outras circunstâncias não agiriamos. Como por exemplo perdoar alguém.
Mesmo que esse alguém não mereça.
Mas afinal, o que é o perdão?
Apenas um dos frutos do amor, talvez assim como a aceitação e a gentileza.
O perdão talvez seja a mais nobre consequência do amor, pois para perdoar é preciso amar.